quinta-feira, 25 de junho de 2009

Aquarela



Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis rectas
É fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão
E me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos tenho um guarda chuva
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando,
Contornando a imensa curva norte sul
Vou com ela viajando
Hawai, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela,
Branco, navegando,
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo,
Sereno, lindo,
E, se a gente quiser,
Ele vai pousar
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol de partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida
De uma América a outra
Consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha
E caminhando chega num muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(que descolorirá)
E com cinco ou seis rectas
É fácil fazer um castelo
(que descolorirá)
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo
(que descolorirá)
Corro o lápis em torno da mão
E me dou uma luva
(que descolorirá)



S. João 2009, Panchito, Viagem Lisboa-Porto

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A insensatez



A insensatez
Que você fez
coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
o seu amor um amor
tão delicado
Ah porque você
foi fraco assim
assim tão desalmado
Ah, meu coração
quem nunca amou
não merece ser amado
Vai meu coração
ouve a razão
usa só sinceridade
Quem semeia vento,
diz a razão,
colhe sempre tempestade
Vai meu coração
pede perdão
perdão apaixonado
Vai porque quem não
pede perdão
não é nunca perdoado

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Música para pular...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Do you curse where you come from?"



Do you curse where you come from,
Do you swear in the night
Will it mean much to you
If I treat you right.
Do you like what youre doing,
Would you do it some more
Or will you stop once and wonder
What youre doing it for.
Hey slow jane, make sense
Slow, slow, jane, cross the fence.

Do you feel like a remnant
Of something thats past
Do you find things are moving
Just a little too fast.
Do you hope to find new ways
Of quenching your thirst,
Do you hope to find new ways
Of doing better than your worst.
Hey slow jane, let me prove
Slow, slow jane, were on the move.

Do it for you,
Sure that you would do the same for me one day.
So try to be true,
Even if its only in your hazey way.

Can you tell if youre moving
With no mirror to see,
If youre just riding a new man
Looks a little like me.
Is it all so confusing,
Is it hard to believe
When the winter is coming
Can you sign up and leave.
Hey slow jane, live your lie


Lazey Jane